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A mítica Baja Portalegre 500 voltou a cumprir a tradição com um percurso duro e exigente, marcando a penúltima ronda do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno 2025. Com um total de 601,38 km pelos concelhos do Alto Alentejo, a edição deste ano ficou marcada por condições meteorológicas adversas, com chuva intensa e lama a colocar à prova máquinas e pilotos.

Entre mais de uma centena de participantes na categoria Moto, a equipa Racespec apresentou-se com três representantes: Sebastian Bühler (KTM 450 EXC-F), Marcelo Lourenço (KTM 350 EXC-F) e Luís Teixeira (GasGas EC 250F).

A prova arrancou na noite de quinta-feira com a tradicional cerimónia de partida no centro de Portalegre. Já na manhã de sexta, na Herdade das Coutadas, o prólogo colocava as máquinas em ação. Bühler destacou-se com um excelente 2.º lugar, seguido por Marcelo Lourenço na 36.ª posição e Luís Teixeira no 69.º posto.

Contudo, os desafios começaram logo no primeiro Setor Seletivo (SS1), entre Ponte de Sor e o Crato. Sebastian Bühler, vencedor por três vezes da Baja Portalegre, sofreu um contratempo mecânico que o obrigou a abandonar prematuramente. “Foi bom voltar a sentir a energia do Portalegre. Estava motivado e tinha tudo para fazer uma grande corrida. Quero agradecer à Racespec e à CFL por todo o apoio”, comentou o piloto luso-germânico.

No mesmo setor, Marcelo Lourenço manteve o ritmo e terminou novamente na 36.ª posição, enquanto Luís Teixeira, em estreia absoluta na Baja, subia para o top 50.

O sábado revelou-se implacável para a formação Racespec. Marcelo Lourenço, após uma prestação segura, sofreu uma aparatosa queda ao quilómetro 189 do SS2, ficando impossibilitado de continuar. “Tudo estava a correr na perfeição, mas fui surpreendido por uma sequência de valas. Fui projetado da mota e acabei por cair com impacto. Agradeço à minha família e assistência por todo o apoio”, declarou o piloto de Águeda.

Luís Teixeira viria também a abandonar na segunda assistência do dia, devido a problemas na suspensão. Apesar da desistência, manteve o espírito positivo: “Foi uma corrida mítica. No primeiro dia senti-me confiante, e no segundo, apesar da chuva e da desistência, levo daqui momentos de companheirismo e aprendizagem. Para o ano, estaremos de volta com o objetivo de chegar ao fim!”

Apesar das dificuldades e abandonos, a Team Racespec demonstrou garra, resiliência e espírito de equipa, qualidades que caracterizam a formação aguedense há vários anos na competição.